segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Te Levarei
Eu vou fazer o que puder pra te levar pra onde eu vou
Não me peça meus sonhos, conselhos ou declarações de amor
Eu vou dizer o que quiser, basta você ordenar
Em troca, só não brigue comigo, não me faça chorar
Se pudesse, te daria meu céu, minhas nuvens, as estrelas
E se não puder te levar comigo, te carrego nos meu olhos para onde for
Sou seu meio de condução espiritual, sua proteção, sua barreira
Se quer desfazer, destruir toda essa força, basta mostrar seu calor
Eu vou olhar onde puder para encontrar em outros lugares seu sorriso
Eu não peço muita coisa, não é dificil, só te quero como meu abrigo
Eu vou pedir o quanto puder para não me deixar no escuro
Eu sempre vou ser sua pequena, sua amiga, e seu porto seguro
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Você...
Quando você sorriu, sorri
Quando você mostrou, eu vi
Quando você pediu consenti!
Porque é que só sei te contemplar?
Porque eu me perco no seu olhar?
Eu sinto o seu cheiro quando esta por perto
Ja perdi a noção do errado e do certo
Sei que o futuro é meio incerto
Não quero viver um sentimento encoberto
porque será que eu só sei te enamorar?
Posso fazer tudo menos deixar de te olhar!
domingo, 19 de julho de 2009
você faria diferente?
Se você sente o chão sumir
Esperando o corpo cair
e seu coração acelera
Se você sente sua mão suar
Sua alma sair
E por um segundo desespera
Se por uma vez o limite te bloqueia
O medo te incendeia
E procura em algum lugar sua paz
Se tem vontade de chorar
Fugir de todos e gritar
Me diz o que é que você faz?
Foi tanto desejo, tanta saudade, tanta tristeza
Foi nostalgia, agonia, tanta palavra calada
Foi um nól na garganta, na minh'alma uma aspereza
Foi vontade de tanta coisa, que acabei não fazendo nada
Se você sente o chão sumir sua alma sair
Um pensamento insistente
Se visse meu corpo cair
Eu apenas chorei Você faria diferente?
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Poeta suicida
Ele escreveu seus versos
Mostrou suas criações
Suas dores descreveu
Rimou sentimentos perversos
Falou de suas ilusões
Mas ninguém leu
Ele recitou seu poema
Todos viram, sorriram
Apenas ajuda ele pediu
Chorou, gritou seu dilema
Muitos aplaudiram
Mas ninguém ouviu
Ele suplicou, implorou
Falou de seu jacobinismo
Da dor do seu coração
Ele chorou, soluçou
Jurou ser interventivo
Mas ninguém lhe estendeu a mão
Ele escreveu novamente
Arranhou palavras no seu rosto
Escreveu sobre os sonhos que o levaram
Adormeceu irreversivelmente
Falou de sua dor, seu desgosto
E tarde demais o escutaram
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Todo jardim merece uma flor
meu coração não é diferente
É adubado para o seu amor
Todo caminho tem plantação
Toda letra tem sua canção
E esse amor não é diferente
É como filme, uma fixação
Todo lábio merece sorriso
Todo menino é hiperativo
Os meus braços não são diferentes
São como a mãe e o seu abrigo
Toda bailarina merece aplauso
Todo ginasta tem o seu salto
Com nosso show não é diferente
É como teatro, tem o seu palco
Toda obra tem seu brilhar
Tudo que começa, pode acabar
Mas nossa arte é diferente
É infinito, não vai terminar
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Quem sou eu?
Sou aquilo que me fizeram...
Nunca me transformei...
Me montaram como quem monta um quebra-cabeça
Nem nunca me desmontei
Quando as peças sumiram...
Novas coloquei no lugar...
Com o tempo tudo se ajusta...
Que hoje chora amanhã sorri
O que ainda não mudou
Ainda vai se transformar
Como quem nasceu hoje
E amanhã vai partir
Sou rotulada e não sou produto
Fui montada e não sou objeto
E sou feliz assim
Se o grande segredo da vida
Daquele que é astuto
É apenas carregar óleo na colher
Sem perder a paisagem
Vou carregar na mão direita
A menos densa bagagem
E na que sobrar vou levar a plantação
Como quem carrega sonhos impossíveis
E sentimentos inatingíveis
Que se expande a cada dia
dentro do coração
E essa não será minha história
E nem poema ou poesia
Esta será minha canção
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Meu Conto Encantado
Sentimentos aristocráticos
Brincam em meu travesseiro
E me sussurram ao pé d’ouvido
-Porque choras princesinha?
Calei-me, não quis que me ouvissem
Mas pensei caladinha:
-Choro por meu coração trapaceiro
Choro por um bom, ou mau amigo
Choro por um pulsar traiçoeiro
Choro pela ausência do sorriso
Choro por sentimentos que coexistem
E corações como o meu não resistem
Choro por ter curtas tranças
Que não chegam ao meu príncipe encantado
Chora por que no meu peito
Vive um coração alado
Choro porque no meu conto
Nunca houve um bom alazão
Sempre carrega a protagonista errada
Choro, pois meu encanto se perdeu
Pois tenho que lembrar ao príncipe
Enquanto formos uma massa de humanos designados pela natureza para trabalhar e reproduzir, nada seremos.
Enquanto nos tornarmos em nossas vidas trabalhadores cidadãos e saudáveis em busca de uma vã e superficial felicidade que consiste em dinheiro e filhos, e estivermos em busca da pessoa perfeita, nada seremos.
Enquanto chamarmos o crepúsculo de pôr-do-sol, e procurarmos insaciavelmente respostas cabíveis para todas as nossas perguntas, corrermos para o mais alto penhasco de nossas vidas, e pular de pára-quedas, nada seremos.
Não se lava o lençol branco cada vez que uma pequena mancha aparece...
Não se sai de guarda-chuvas em um dia de calor...
É como mudarmos para um hospital por medo de adoecer e morrer de covardia.
O tempo para, e notamos que fomos objetos de prosperidade, sem paixão, cheios de sede por segundos.
Mas no dia que percebermos que somos uma sacola de sentimentos, e uma preocupação constante para Alguém maior, perceberemos que somos seres débeis, que ama com todo o ódio que possui.
Enfim, perceberemos que fomos, esse tempo todos, apenas palavras que formam frases sem algum sentido, que sempre assina como “autor desconhecido”, e aprenderemos a rimar corpo e alma, razão e o coração, e depois de anos de frase, seremos uma bela poesia!
ps.: use seu tempo para coisas que vão te dar um retorno que não se compra!
Por Cinthia e Marquinhos
eu incendiei o ceu e destrui os infernos e agora nao ha nada mais dentro de mim....
Não ha começo nem fim dentro de nos
eu comecei pelo fim, e não sobrou nem migalhas de uma bela historia
que hoje não existe, se foi, se perdeu na propria gloria
Se pudessemos voltar atraz
poderiamos recomeçar sem cobrar tanto
poderiamos refazer o céu que existe em nós
poderiamos fazer do fim um recomeço
poderiamos parar de procurar culpados e nos reencontrar dentro de nos mesmos
e reconstruir esse apreço
numa manha de verao seus cabelos no espelho palavras de amor escritas com baton.
frases sem sentido para um coração sombrio cansado de sofrer
mas não existe mais verão para nós, e todas as manhãs são noites
somos como o sol e a lua esperando um novo eclipse que tardia
Maldade conosco mesmo, covardia!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Poderia ter dito quando não amava
Não notei que o coração não se enganou
É cedo para separar o meu caminho
Pois a chuva que molhou um dia
Revelou em cada gota o nosso destino
Eu não queria entregar meu amor
Mas sentia com todo o meu coração
E agora é tarde pra deixar tanto amor
E agora é cedo pra sentir tanta dor
E sempre será
E agora eu ja não mando mais em meu coração
Ele pulsa todo sempre por você
E agora é cedo pra sair desta prisão
E agora é tarde pra me libertar desta paixão
E sempre será
E agora só me resta te amar
E agora é tarde pra me libertar
E agora é cedo para te deixar
E sempre será
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Tabernáculo
num tabernáculo de amores
descansa um espelho velho
espelho sem imagem
com um recado de batom
tabernaculo de horrores
o silencio e o seu som
e a sua paisagem
Num tabernaculo de amores
uma cama desajeitada
quente porem mal amada
amiga de um espelho velho
ainda com esperança
abraçada por cobertores
espera outra gargalhada
Num tabernáculo de amores
mudos versos choram alto
esperando pacientes a desordem
esperando uma rima, um som
roupa, meia salto alto
perdidos no silêncio
pedidos do coração
num tabernaculo vazio
um espelho, uma cama, um verso
dividem sua falta de tudo
excesso de nada
sem tarde nem madrugada
esperança que tardia
casa sem vozes, vazia
Num tabernaculo de amores
uma porta se abre ao vento
o nada congenlado pensamento
tudo sem nada, vazio
o tabernaculo quente de sonhos
agora porém é frio
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O grito do dia
buscamos a claridade do dia
Buscamos carros de faróis ligados, e buzinas
buscamos praias e calor
Buscamos sonhos de menina no balanço do parque
Balançado pelo céu azul
Na calada da noite, buscamos a grito do dia
E da desgraça que inicia
Na calada da noite, buscamos a fantasia
O circo e seu palhaço, e a sua alegria
Buscamos o canto dos pássaros
Buscamos as ruas movimentadas
Buscamos sessão da tarde, pipoca e casa cheia
Buscamos a gritaria, crianças e covardia
Buscamos felicidade
Buscamos a alegria
Mas quando na calada da noite
Um cacarejo finda o silêncio
E da calada da noite se faz o grito do dia
A lua se transforma em um claro açoite
E o sol se torna o vilão
E a calada da noite cala nossa alegria
E calados nossos sonhos e esfaqueado o coração
No grito gritante do dia é que desejamos
que mais uma calada da noite, cale o grito do dia