Mademoiselle Cínthia


Desejo a vocês paz e poesia!!

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sábado, 30 de julho de 2011

Vício

Me deixa te ressurgir da descrença
Desvendar sua desavença
Te sorrir e encantar
Pra se jogar do alto sem medo
Como quem se afoga no mar
Pulando do navio perfeito

Me deixa reinventar seu sorriso
Tornar em mim o seu abrigo
Redescobrir sua sorte
Sem medir algum esforço
Sem medo algum da morte
Fazer do receio um esboço
Te refazer do sul ao norte

Me deixa ser a voz que você ouve
Ou o som lá fora da chuva
Ser aquele a quem te perturba
sem você se deixar perturbar
Como uma onda turva
Que so deseja te puxar

Me deixa ser o arrepio
Da mais forte adrenalina
Em uma pequena menina
Como um trem que sai do trilho
e corre livre no chão
E desejar como um mendigo
que vê na mercearia
seu tão desejado pão

Me deixa então te envenenar
Fazer tomar meu veneno
nas doses mais suaves e implícitas
Te fazer embriagar
E me tornar a epinefrina
Que vai te seduzir
E desta vez, nenhuma altura ou doçura
Nem crenças místicas
Vão fazer desacreditar
Que todo mundo pode ser engolido
Mas que só se deixa engolir
Pelo que te viciar

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quem sou eu

Vou te contar uma história
É a história da minha vida
E retrata quem sou eu
Talvez nada signifique
Mas quando eu estiver de partida
Da cidade, estado, ou da vida
Você entenderá o quando valeu
Mas será tarde demais
Será uma despedida!

Eu sou quem faz meu caminho
Eu própria faço o conceito
Se certa ou errada estou
Eu me trato com carinho
Em minha vida, é meu o preceito
E a vida é quem me deu molejo
Pode chamar de arrogância
De sozinha, ou ignorância
É simplesmente como sou
E é assim que me protejo

Sempre pensarão em mim
Independente de como for
Se for bom ou ruim
O que mais importa na vida
É não ser figurante
Pra quando chegar a partida
Redescobrir-se importante
E quando olhar pra trás
Ver que você foi feliz
Sorrir um sorriso cintilante
E soltar a expressão:
-Valeu tudo o que fiz!

domingo, 19 de julho de 2009

você faria diferente?




Se você sente o chão sumir
Esperando o corpo cair
e seu coração acelera
Se você sente sua mão suar
Sua alma sair
E por um segundo desespera
Se por uma vez o limite te bloqueia
O medo te incendeia
E procura em algum lugar sua paz
Se tem vontade de chorar
Fugir de todos e gritar
Me diz o que é que você faz?

Foi tanto desejo, tanta saudade, tanta tristeza
Foi nostalgia, agonia, tanta palavra calada
Foi um nól na garganta, na minh'alma uma aspereza
Foi vontade de tanta coisa, que acabei não fazendo nada
Se você sente o chão sumir sua alma sair
Um pensamento insistente
Se visse meu corpo cair
Eu apenas chorei Você faria diferente?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Quem sou eu?



Sou aquilo que me fizeram...
Nunca me transformei...
Me montaram como quem monta um quebra-cabeça
Nem nunca me desmontei
Quando as peças sumiram...
Novas coloquei no lugar...
Com o tempo tudo se ajusta...
Que hoje chora amanhã sorri
O que ainda não mudou
Ainda vai se transformar
Como quem nasceu hoje
E amanhã vai partir

Sou rotulada e não sou produto
Fui montada e não sou objeto
E sou feliz assim
Se o grande segredo da vida
Daquele que é astuto
É apenas carregar óleo na colher
Sem perder a paisagem
Vou carregar na mão direita
A menos densa bagagem
E na que sobrar vou levar a plantação
Como quem carrega sonhos impossíveis
E sentimentos inatingíveis
Que se expande a cada dia
dentro do coração
E essa não será minha história
E nem poema ou poesia
Esta será minha canção

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Enquanto formos uma massa de humanos designados pela natureza para trabalhar e reproduzir, nada seremos.

Enquanto nos tornarmos em nossas vidas trabalhadores cidadãos e saudáveis em busca de uma vã e superficial felicidade que consiste em dinheiro e filhos, e estivermos em busca da pessoa perfeita, nada seremos.

Enquanto chamarmos o crepúsculo de pôr-do-sol, e procurarmos insaciavelmente respostas cabíveis para todas as nossas perguntas, corrermos para o mais alto penhasco de nossas vidas, e pular de pára-quedas, nada seremos.

Não se lava o lençol branco cada vez que uma pequena mancha aparece...

Não se sai de guarda-chuvas em um dia de calor...

É como mudarmos para um hospital por medo de adoecer e morrer de covardia.

O tempo para, e notamos que fomos objetos de prosperidade, sem paixão, cheios de sede por segundos.

Mas no dia que percebermos que somos uma sacola de sentimentos, e uma preocupação constante para Alguém maior, perceberemos que somos seres débeis, que ama com todo o ódio que possui.

Enfim, perceberemos que fomos, esse tempo todos, apenas palavras que formam frases sem algum sentido, que sempre assina como “autor desconhecido”, e aprenderemos a rimar corpo e alma, razão e o coração, e depois de anos de frase, seremos uma bela poesia!





ps.: use seu tempo para coisas que vão te dar um retorno que não se compra!